sexta-feira, 14 de junho de 2013

Eu sou a lenda

Confesso que me sinto um pouco como o personagem do Will Smith no filme "Eu sou a lenda". Aquela cena em que ele está em um cais tentando contato com algum sobrevivente através de sinal de rádio.
Na verdade é assim que me sinto de certa forma: sobrevivente.

Ter um pai violento e uma mãe omissa, e todas as coisas que se relacionam a essa junção catastrófica, pode trazer consequências irreversíveis à auto-estima, à capacidade de adaptação, à estrutura psicológica, emocional e tantas outras coisas.
Levei anos para buscar ajuda psicológica. Talvez por causa daquele processo de negação pelo qual passamos. Talvez pela dominação que ainda sofria por parte dos meus pais. Mas enfim busquei.
Muito dessa coragem para procurar ajuda partiu do nascimento dos meus próprios filhos e do desespero de não querer repetir o tratamento que recebi.
Acredito que independente do motivo que nos leve a perceber que precisamos mais do que repensar nosso passado, o importante é procurar ajuda, unir-se a um novo círculo de pessoas que nos sustenham nesse processo de cura e nova vida.


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